domingo, junho 09, 2002

O bamb e o arima
Tud pe met. O Bra a q jog be, m n f u b pap.
Tá, eu traduzo: tudo pela metade. O Brasil jogou bem mas não fez um bom papel. Afinal, é feio trabalhar pela metade, independentemente de qual seja sua atividade profissional. Nada explique que os jogadores brasileiros - à exceção de Ricardinho e Cafu - decidam de repente que devem usar um jogo inteiro de Copa do Mundo para simplesmente darem uma descansada. Se quisessem um motivo para fazer mais um gol na China, que tal o fato de a Seleção Brasileira não fazer mais de quatro gols em uma partida desde a final da Copa de 1958, contra a Suécia?
Quer outro motivo? Fazer oito a zero, como a Alemanha, e ficar junto com eles no posto de maior goleada da Copa. Impor respeito. Fazer os outros se preocuparem, impor medo. Tudo isso em uma Copa tem uma importância capital.
Se a gente saísse de 3 a 0 no primeiro tempo e jogasse AQUELE segundo tempo contra um adversário menos ingênuo, teríamos sofrido uma virada histórica. Me arrisco a dizer que se a China tivesse só o Romário lá na frente, teriam virado - do mesmo jeito que o Vasco impôs uma virada histórica contra o Palmeiras em 2000, na final da Mercosul. Os chineses mandaram uma bola na trave e ameaçaram diversas vezes - em uma delas, Cafu deu cobertura aos três zagueiros da Família Scolari.
Outro ponto negativo: a substituição de Ronaldinho Gaúcho no intervalo, para a entrada de Denílson, é inexplicável. Só se foi contusão (acordei agora e ainda não me interei das coisas). Afinal, o Gaúcho tinha sofrido a falta no primeiro gol, deu o passe perfeito para o segundo e cobrou o pênalti no terceiro. Pô, o que falta mais?
A substituição dele por Denílson foi digna de Antônio Lopes, nos tempos do Vasco - me lembro de uma na década de 80 em que ele tirou ninguém menos que Giovani e Romário para colocar dois brucutus, e de uma só vez.
Mas deve ter sido o Scolari mesmo, não tem jeito. O resultado? Colocaram dois chineses para marcar Denílson, que só fez perder a bola. Uma lástima.
Outro erro terrível: Ricardinho entrou, mas colocaram ele jogando atrás. Se era para Ricardinho jogar atrás, que colocassem o Kleberson. Na única vez em que esteve na frente, ele deu um bom passe para Edílson. Ricardinho é jogador de dar o último passe.
Tecnicamente, acho que ninguém nessa Copa é superior aos brasileiros - pode ter jogador igual, como Batistuta, Verón, Vieira, Thuram, Ballack, Totti, mas melhor não. O Brasil está sobrando nesse ponto.
Mas o técnico é muito, mas muito fraco mesmo. Deveria ir treinar a Eslovênia - não é um técnico para jogadores bons, de nível.
Nossa sorte é que França, Argentina, Alemanha e Itália podem - todas - sair logo de cara. Aí, sinceramente, o penta fica quase na mão.

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